Além do
corpo físico e dos seus sete níveis, a massagem ayurvédica atua ainda em mais
seis corpos, que são classificados como corpos subtis. Por essa razão a
massagem ayurvédica é considerada também uma massagem espiritualmente
iniciática que especifica inclusive as principais características e o tipo de
posição que deverá ser adotada com cada um desses corpos, se estiverem
desequilibrados, aquando do tratamento.
O primeiro
corpo é o corpo físico: anna maya kosha. Constituído
por alimentos, o seu revestimento muscular, nervos, ligamentos e estrutura
óssea armazenam as tensões dos corpos superiores. O elemento relacionado com
ele é a terra e está ligado às gónadas e aos órgãos sexuais. Numa massagem.
Reage às compressões, torções, alondamnetos, tamborilamentos, pressões e também
a determinadas pedras de uso terapêutico.
O segundo
corpo é o corpo energético etérico ou prânico: prana maya kosha. Constituído por energia, comanda os órgãos dos
sentidos e contém os elementos éter, ar, fogo, água e terra no aspeto prânico.
O seu elemento fundamental é a água e está relacionado com as glândulas
supra-renais e a região próxima do umbigo. Pode ser trabalhado pela massagem
ayurvédica, quando ela produz deslizamentos pelo sistema de meridianos e
dinamiza derermindados pontos em cima dos mesmos ou ainda pela pressão em
alguns pontos marmas.
O terceiro
corpo é o do desejo: Kama maya kosha. Trata-se
do corpo das emoções telúricas que se manifestam pelo instinto. O seu elemento
é o fogo e está relacionado com o estômago (plexo solar). Pode ser trabalhado
pela massagem ayurvédica através de deslizamentos precisos e com pressão
exercida em pontos de toda a área do plexo solar, bem como pro alongamentos que
fazem a abertura do mesmo ou também com a chama e a energia de uma vela acesa.
O quarto
corpo é o da felecidade: ananda maya
kosha. Trata-se do corpo das emoções afetivas e amorosas, que se encontra
relacionado com o tato e o coração, e cujo elemento é o ar. Pode ser trabalhado
pela massagem ayurvédica com deslizamentos em toda a caixa torácica e pela
pressão em alguns pontos dessa região. Também pode ser trabalhado pela
respiração consciente, por determinadas técnicas de relaxamento e por
alongamentos que fazem a abertura do plexo cardíaco.
O quinto
corpo é o mental: manas maya kosha. O
seu elemento é o éter e está associado aos ouvidos e à garganta. Pode ser
trabalhado pela massagem com deslizamentos em toda a região dos ouvidos e do
pescoço, por pressões em determinados pontos desta área e por alongamentos que
fazem a abertura do plexo laríngeo. Também é possível trabalhá-lo por meio de
alguns sons, mantras e música
harmoniosas.
O sexto
corpo é o do conhecimento: jñana maya
kosha. Dado que é a manifestação da sabedoria pura, só reage a mantras superiores ou aos mantras dos chacras, podendo, contudo,
ser estimulado com pressões na cabeça, testa e olhos, realizadas no final da
massagem.
O sétimo
corpo, o buddhi maya kosha ou «eu
sou», é constituído por intuição pura, podendo apenas ser trabalhado pela
iniciação e reagindo a símbolo inconscientes, como mandalas, yantras e mulamantras,
caso do OM. Quando a massagem é efetuada por um terapeuta iniciado nos planos subtis,
pode abrir a ativar este corpo. A massagem na cabeça, por exemplo, ajuda a
estimular os vórtices que ali se situam e que fazem a conexão com o sétimo
corpo.
OS sete
corpos interagem e são campos energéticos conectados com os sete chacras. Ao
trabalhá-los diretamente com pressões nos seus vórtices, a massagem ayurvédica
realinha-os, promovendo um melhor funcionamento dos sextos sétimo corpos
subtis, que assim respondem com maior intensidade aos padrões vibratórios
superiores. Por consequência, dá-se também uma purificação e um desenvolvimento
mais intenso de todos estes sete corpos, para além de ser possível atenuar
problemas respiratórios ou de coluna, bem como artrites, enxaquecas, cansaços
físicos e mentais, e outras doenças. A massagem ayurvédica mobiliza as
secreções pulmonares, fortalece a musculatura torácica e ativa várias
glândulas, como o timo e supra-renais.
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